Mutirão de microchipagem de cães e gatos acontece neste sábado em Joinville |
No último dia 18, mês de janeiro, em Massaranduba, ocorreu a abertura oficial da safra de arroz em Santa Catarina. 6a edição. Evento
marcante: mais de mil orizicultores presentes. Jorginho Melo, governador do Estado, e Orlando Giovanella, presidente da Cooperjuriti, os
protagonistas. E é claro: a presença da Epagri, cuja pesquisa na Estação Experimental de Itajaí sobressai, haja vista dezenas de cultivares lançados partir da década de 1970. E também da CIDASC: classificação e fitosanidade.
Santa Catarina se destaca no cenário nacional, sendo o segundo maior produtor de arroz. Produção na faixa de 1.224.000 toneladas. E
também quanto à produtividade, a maior do país: 8,4 toneladas por hectare. Área cultivada: cerca de 145 mil hectares, 2 mil famílias
envolvidas nas regiões litorânea - sul e litoral norte, - e Vale do Itajaí. Agronômica no Alto Vale do Itajaí desponta como campeã da
produtividade: 10 toneladas por hectare. Recorde absoluto, maior do mundo.
Cultura altamente tecnificada, lá se vão, portanto, outros tempos. Tempo do zenzo. Ou melhor da foicinha. Ceifar touças de arroz em outros
épocas, um senhor desafio. Mutirões. Feixes e feixes à mão. Ombros curvados, cargas pesadas. Remover os grãos dos cachos, então, que
ousadia; desgraná-los às batidas ou na base de patas de cavalo.
Cultivares de arroz de porte alto: pérola, tateto, praião e por aí afora. Épocas são épocas, ensejam desafios próprios. Mas, no caso do
arroz, o salto tecnológico, ressalte-se, é de proporções gigantescas. Chupa-cabras. Colheitadeiras modernas. Ar condicionado. Computadores a bordo. E, ultimamente, os drones. E os cultivares de arroz, então. De porte baixo, plantas adrede selecionadas, captam a luz solar, dada arquitetura das plantas. Folha devidamente distribuídas, eretas e palmadas. Insumos, máquinas e equipamentos. Secadores e silos. Agroindústria de ponta. E, sobretudo, empreendedores qualificados. Cadeia produtiva organizada, ressalte-se; Sindarroz, estrutura modular. Gestão de excelência, portanto.
O arroz - cultura milenar oriunda do da Ásia - , introduzido por Martin Afonso de Souza no litoral Paulista (1532), mais precisamente em
São Vicente, rapidamente disseminou-se Brasil afora. Conhecido como tesouros dos pântanos por desenvolver em áreas inundáveis - várzeas ribeirinhas -, e, sobretudo, porque, uma vez seco, é de fácil armanzenamento; daí ser o alimento preferido das caravanas de antanho.
O que, entretanto, mais surpreende, é a resposta da cultura em termos de produtividade – produção por hectare -, graças ao
melhoramento genético e às boas práticas agrícolas. Um Hectare corresponde aproximadamente à área de um campo de futebol. No Ano
de 900, no Japão, data das primeiras estatísticas, girava na faixa de 900 kg. Hoje, tem potencial para 12 toneladas.
A presença do cooperativismo, caso da cinquentenária Cooperjuriti, trouxe segurança para os orizicultores: secagem, armazenamento e
comercialização. Tempestade perfeita, portanto.
E, por fim, sementes de qualidade. Santa Catarina se destaca neste quesito, caso das Sementes Macoppi de Joinville.
Joinville, 27 de janeiro, 2024
Onévio Zabot
Engenheiro Agrônomo
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